Campo de Morango


Carla e Lucas sempre souberam que o que sentiam um pelo outro não era algo simples. Desde o primeiro encontro, anos atrás, havia algo no ar, uma eletricidade sutil que os puxava um para o outro, mesmo que o mundo ao redor tentasse afastá-los. Ela, recém-chegada ao trabalho, ele, o colega experiente que sempre se manteve distante. Ambos, presos em mundos diferentes, mas que se tocavam, muitas vezes sem perceber, nas horas mais improváveis. 

Carla tem 1,68m de altura e uma postura elegante que transmite confiança. Seus cabelos longos e ondulados são de tom castanho escuro, com um brilho suave. Seus olhos, de um verde intenso, possuem um brilho curioso, refletindo sua constante busca por algo novo. Sua pele é clara, com discretas sardas nas bochechas que surgem sob o sol. Seu sorriso é tímido, mas encantador, iluminando seu rosto e transmitindo uma sensação de acolhimento.

Lucas tem 1,82m de altura e uma postura firme e confiante, embora às vezes transmita uma certa distância. Seus cabelos são curtos e escuros, levemente desarrumados, refletindo sua falta de preocupação com a perfeição. Seus olhos castanhos possuem uma profundidade que esconde segredos e pensamentos não ditos, frequentemente parecendo perdidos em suas próprias reflexões. Sua pele é morena, suave, mas marcada por sinais do tempo e do trabalho ao ar livre. Seu sorriso é raro, mas genuíno, especialmente quando está confortável ou tocado por algo.

A atração era algo que queimava silenciosamente em suas veias, como uma chama que nunca se apagava, mesmo com as distâncias e os olhares cautelosos que trocavam. Por muito tempo, se viam como amantes de um sonho distante, uma fantasia que nunca poderia se concretizar, afinal, a moralidade, o profissionalismo e os contratos invisíveis de suas vidas os separavam. O trabalho de Carla e Lucas era o obstáculo mais visível, o que tornava qualquer possibilidade de algo real entre eles algo impossível de se manifestar.

Mas aquela tarde, naquele campo de morangos, era diferente. Não havia mais barreiras. O ambiente, a solidão, a proximidade dos corpos — tudo estava criando o cenário perfeito para que a fantasia finalmente se tornasse real.

Lucas olhou para Carla com intensidade. Eles sabiam, naquele instante, que o que estavam prestes a fazer era algo que há muito tempo era desejado, mas sempre reprimido. Seus corpos se conheciam de forma não física, desde os olhares até os gestos, mas nunca tinham cruzado a linha da tentação.

“Não conseguimos mais evitar, Carla”, ele sussurrou, as palavras vindo pesadas, mas carregadas de desejo. "Faz tempo que isso nos chama."

Carla, com os olhos fechados, sentia a verdade nas palavras dele. Eles tinham se ignorado por tanto tempo, mas cada encontro os deixava mais perto daquilo. Ela, sentindo a tensão em sua pele, hesitou por um momento. "Mas o que vai acontecer depois, Lucas? Não podemos simplesmente deixar tudo para trás, eu tenho sentimentos por você."

Ele sorria com a segurança de quem sabia que, naquele momento, o futuro não importava. Só importava o agora. E o agora exigia que os corpos falassem a língua do desejo sem mais desculpas. "Não há futuro sem isso, Carla", ele respondeu com firmeza.

Foi quando ele pegou algo da mochila, algo inesperado, mas que era a chave para quebrar todas as barreiras. Uma algema vermelha, simples, mas simbólica, como se fosse um elo entre o que havia sido e o que finalmente poderia ser. Ela a observou, fascinada pela cor vibrante que contrastava com a suavidade do ambiente.

“Você me tem agora, Carla”, Lucas disse, a voz rouca de desejo e necessidade. “Deixe-se levar.” Ele pegou suas mãos e, com um movimento suave, prendeu uma das algemas em seu pulso, o som metálico soando no silêncio quente do campo.

Carla olhou para ele, seus olhos agora preenchidos com uma mistura de excitação e rendição. A algema, embora física, simbolizava o que estava acontecendo ali: eles estavam se libertando, mas também se entregando àquela paixão proibida, àquela atração que se acumulava como uma tempestade a ponto de explodir.

“Eu... eu nunca pensei que fosse ser assim, Lucas. Tão intenso, tão... real”, Carla confessou, os lábios secos pela expectativa. Ela sentiu o frio metálico da algema, mas também o calor de sua presença. O medo que sentia era pequeno diante da paixão que estava prestes a liberar.

“Não precisamos mais pensar. Só precisamos sentir. E agora... você me deixa fazer o que eu sempre quis”, ele disse, com um sorriso ardente nos lábios.

Ele a puxou para mais perto, os corpos agora se alinhando com a precisão de um desejo reprimido que finalmente ganhava forma. O cheiro doce dos morangos ao redor parecia penetrar seus sentidos, amplificando cada respiração, cada toque. As mãos de Lucas deslizavam com delicadeza pela pele de Carla, como se cada centímetro de seu corpo fosse uma nova descoberta. Ele sentia a suavidade dela, o calor que se irradiava de sua pele, a tensão que se acumulava entre eles, ainda invisível, mas já palpável, como a promessa de algo grandioso prestes a acontecer.

A algema vermelha, fria e firme no pulso de Carla, foi o primeiro contato entre o proibido e o permitido. Era um lembrete do que estavam prestes a quebrar, do que estavam prestes a se permitir. Lucas não a forçou, mas conduziu com um cuidado que falava mais do que qualquer palavra. Ele queria que ela se entregasse, que sentisse o peso do momento em cada respiração, em cada movimento.

Ela fechou os olhos por um instante, o ar pesado e quente ao seu redor, sentindo a presença dele como uma onda que a envolvia por completo. Ele estava perto, muito perto, e isso a fazia estremecer. Ela podia sentir o toque das mãos dele explorando sua pele, acariciando suavemente, mas com a intensidade de quem sabia o que queria. A tensão entre eles crescia, como uma corda prestes a se romper, e cada toque parecia fazer a distância entre seus corpos diminuir.

O prazer estava ali, à vista, mas ainda imerso em uma lentidão deliciosa. As mãos de Lucas se moviam com a calma de quem sabe que cada segundo tem um sabor único, um toque especial. Ele a guiou, lenta e intimamente, como se cada movimento fosse uma dança, uma troca de energia pura. Carla, sentindo a pressão da algema em seu pulso, respirava mais fundo, se entregando aos sentimentos que ela havia guardado por tanto tempo. Ela estava ali, vulnerável, mas também poderosa. Ele estava ali, com uma certeza silenciosa de que tudo o que estava acontecendo não poderia ser interrompido.

E quando finalmente, com uma leveza quase inaudível, seus corpos se uniram, o mundo ao redor deles desapareceu. Não havia mais espaço para palavras, nem para o medo. O campo de morangos, com suas cores vibrantes e a luz suave do entardecer, se tornaram o cenário perfeito para o que finalmente se desenrolava entre eles. A conexão foi lenta, profunda, e cheia de cada desejo acumulado por tanto tempo, como se o próprio campo os tivesse abraçado, os lábios de Lucas percorriam o corpo de Carla como se o mesmo comece um pedaço de fruta suculenta, Carla exalava líquido como se estivesse retirando um suco de sua suculência, os lábios se em instavam e as mãos se entrelaçavam e a algema era retirada. Carla massageava todas as zonas de Carlos com todo o prazer e desejo guardado a tanto tempo, as almas e corpos se encontravam acolhendo com a promessa de que aquele momento, aquele prazer, seria o mais verdadeiro de todos.